quinta-feira, 13 de março de 2008

Fidel Castro renuncia à Presidência de Cuba

Depois de quase meio século no poder, o líder cubano Fidel Castro renunciou nesta terça-feira aos cargos de presidente e comandante das Forças Armadas de Cuba. Em um artigo publicado no jornal do Partido Comunista, "Granma", ele afirmou que não vai mais voltar ao poder. Seu irmão Raúl Castro , que assumiu o cargo após o afastamento de Fidel, em julho de 2006, continuará na Presidência até que a Assembléia Nacional eleita em janeiro escolha o sucessor oficial de Fidel.

A CARTA DE DESPEDIDA

Desde 1976, Fidel vinha sendo eleito e ratificado no cargo de Presidente do Conselho de Estado. Antes disso, já ocupava o poder em Cuba há 17 anos, desde a Revolução Cubana que derrubou o governo de Fulgêncio Batista, em 1959. O líder cubano disse que continuará escrevendo para o Granma, mas sua coluna "Reflexões do comandante-chefe" passará a se chamar "Reflexões do companheiro Fidel".


O anúncio de sua renúncia foi recebido pela comunidade internacional com apelos por democracia. Em viagem pela África, o presidente americano George W. Bush, disse esperar que a decisão do líder cubano marque o início de uma transição democrática na ilha , com "eleições livres e justas". Nos EUA, John Negroponte, subsecretário de Estado, disse que não acredita que o fim do embargo aconteça em breve.

Eu acredito que a mudança com Fidel Castro deve marcar o começo de um período de transição democrática - disse Bush em entrevista coletiva. - O que isso significa para o povo de Cuba? São eles que tiveram negado o direito a viver em liberdade.
Fidel liderou o movimento que derrubou o líder pró-Estados Unidos Fulgêncio Batista em 1º de janeiro de 1959. Ele comandou o regime cubano como primeiro-ministro por 18 anos, passando à Presidência do país por escolha da Assembléia, eleita após a aprovação da Constituição Socialista de 1976. Durante anos, foi o inimigo número um dos EUA.

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