quinta-feira, 24 de abril de 2008

Classe C: vitaminada

O gigantesco crescimento da classe C, de 2005 a 2007, com o ingresso de mais de 20 milhões de brasileiros que saíram das camadas sociais mais pobres as chamadas classes D e E e entraram para a sociedade de consumo, é um fenômeno, que segundo alguns especialistas, faz parte do processo de aumento que renda que atingiu todas as faixas da população.

O Centro de Políticas Sociais da FGV, analisando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, dos anos de 2005 e 2006, destaca que os 10% mais ricos tiveram um aumento da renda per capita real de 15,3%, a faixa média, que inclui a classe C, apresentou um acréscimo de 20,2%, e a faixa dos 10% mais pobres, apresentou um aumento da sua renda em 26,6%.

No entanto, o crescimento da classe C se destaca devido ao seu impacto no mercado de consumo. Dados da consultoria Target, divulgados em reportagem de O Estado de São Paulo, indicam que o potencial de consumo da classe C, em 2007, atingiu R$ 365 bilhões - 26% da capacidade total de compra de todas as famílias que moram nas cidades. O número supera o da classe A, que atingiu 341 bilhões, e só perde para a classe B, que apresentou potencial de consumo de R$ 602,5 bilhões.

A classe C teve um ingresso enorme no mercado consumidor e o fato do país começar a formar uma sociedade de consumo de massa. esse ingresso é devido o papel desempenhado pela política de reajustes do salário mínimo acima da inflação e pelos programas sociais do governo, além da estabilidade na economia e da expansão do crédito. Cabe destacar também, outro fator que ajuda a explicar esse crescimento da classe C: o aumento do emprego formal, com quase 1,7 milhão de vagas criadas em 2007.

E importante destacar o o crescimento das exportações brasileiras num ritmo de 21% ao ano, a partir de 2002, permitiu ao país manter um ciclo de crescimento, com entrada de dólares e diminuição da pressão inflacionária, o que, por sua vez, possibilitou a redução das taxas de juros e o barateamento dos financiamentos.

E importante destacar o o papel dos programas sociais do governo, e como o seu impacto atinge, até mesmo, parcelas da população que não são atendidas pelos mesmos. podemos observar como o impacto deste crescimento da classe C é diferenciado regionalmente, atingindo principalmente as regiões Norte e Nordeste.

E que, no caso do Nordeste, tem ocorrido uma significativa expansão das redes de lojas e de indústrias que lá se instalam. Em destaque está a contribuição que o Bolsa Família deu para o aumento da aquisição de bens duráveis (máquinas de lavar, televisores e computadores) pelos que recebem esse benefício.



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